DISLIPIDEMIA E ESTEATOSE HEPÁTICA
Por: Dr. André Moreira Mahmoud
As alterações no colesterol e a esteatose hepática estão frequentemente relacionadas a fatores como dieta, estilo de vida e saúde metabólica. Como endocrinologista, é crucial compreender essas conexões e discutir as implicações para a saúde com os pacientes.
O colesterol é uma substância gordurosa encontrada em todas as células do corpo e é essencial para funções vitais, como a produção de hormônios, a digestão e a saúde celular. No entanto, níveis elevados de colesterol no sangue, especialmente o LDL colesterol (colesterol ruim), podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como doença cardíaca coronária e acidente vascular cerebral.
A esteatose hepática, também conhecida como fígado gorduroso, ocorre quando há acúmulo excessivo de gordura no fígado. Isso pode ser causado por fatores como obesidade, diabetes, consumo excessivo de álcool, dietas ricas em gordura e açúcar, e desequilíbrios hormonais. A esteatose hepática pode levar a complicações graves, como inflamação do fígado (esteato-hepatite não alcoólica) e cicatrizes permanentes (cirrose).
As alterações no colesterol, como níveis elevados de LDL colesterol e baixos níveis de HDL colesterol (colesterol bom), estão frequentemente associadas à esteatose hepática. Isso porque as mesmas condições que aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como obesidade, diabetes e dietas não saudáveis, também podem contribuir para o acúmulo de gordura no fígado.
O tratamento para alterações no colesterol e esteatose hepática geralmente envolve mudanças no estilo de vida, incluindo dieta saudável, atividade física regular e perda de peso, se necessário. Isso pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol no sangue, melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir a gordura no fígado. Além disso, em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos para ajudar a controlar os níveis de colesterol ou tratar condições subjacentes, como diabetes ou hipotireoidismo.
Como endocrinologista, é fundamental fornecer suporte e orientação aos pacientes que enfrentam alterações no colesterol e esteatose hepática, ajudando-os a adotar um estilo de vida saudável e a entender a importância do controle desses fatores de risco para a saúde cardiovascular e hepática. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a progressão da doença e ajustar o tratamento conforme necessário.